AMERICA LATINA
Bispos chilenos (na foto com o papa Francisco) renunciaram a seus postos
após denúncias de acobertamento de abusos sexuais (Vatican Media/.)
Um total de 158 membros da Igreja Católica do Chile
são investigados como autores ou cúmplices de abusos sexuais contra
menores e adultos que se estenderam por quase seis décadas, segundo uma
lista revelada pela Procuradoria Nacional.
Os casos se referem a 144 investigações sobre fatos ocorridos desde
1960. Até o momento, foram identificadas 266 vítimas, das quais 178 eram
menores, 31 eram adultos e sobre as demais não há informações.
“A maioria dos fatos denunciados corresponde a crimes sexuais
cometidos por padres ou pessoas ligadas a estabelecimentos de ensino”,
aponta o cadastro entregue nesta segunda-feira.
Das pessoas investigadas, 74 estariam classificados pelo Ministério
Público como bispos, sacerdotes ou diáconos diocesanos que não pertencem
a nenhuma congregação, enquanto outros 65 bispos, sacerdotes ou
diáconos pertenceriam a elas.
Também há 10 pessoas laicas, que ocupavam cargos de pastorais
paroquiais ou em colégios; e outras nove não tiveram suas funções
especificadas.
Atualmente, existem 34 investigações em andamento com processos
pendentes e 107 já foram concluídas. Em 23 dos casos houve condenações e
um caso terminou em absolvição.
Os casos de abusos sexuais chocaram há anos à Igreja Católica chilena. Em junho, o papa Francisco aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos, quatro deles acusados de encobrir os abusos sexuais cometidos por padres.
O pontífice criticou duramente a hierarquia da Igreja chilena pelo tratamento dado às denúncias das vítimas.
(Com EFE e AFP)
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