terça-feira, 24 de julho de 2018

Chile tem 158 membros da Igreja Católica investigados por abuso sexual. Procuradoria Nacional abriu 144 investigações de casos ocorridos desde 1960; entre as vítimas, 178 eram menores

AMERICA LATINA
 
 Bispos chilenos (na foto com o papa Francisco) renunciaram a seus postos após denúncias de acobertamento de abusos sexuais (Vatican Media/.)

Um total de 158 membros da Igreja Católica do Chile são investigados como autores ou cúmplices de abusos sexuais contra menores e adultos que se estenderam por quase seis décadas, segundo uma lista revelada pela Procuradoria Nacional.

Os casos se referem a 144 investigações sobre fatos ocorridos desde 1960. Até o momento, foram identificadas 266 vítimas, das quais 178 eram menores, 31 eram adultos e sobre as demais não há informações.

“A maioria dos fatos denunciados corresponde a crimes sexuais cometidos por padres ou pessoas ligadas a estabelecimentos de ensino”, aponta o cadastro entregue nesta segunda-feira.

Das pessoas investigadas, 74 estariam classificados pelo Ministério Público como bispos, sacerdotes ou diáconos diocesanos que não pertencem a nenhuma congregação, enquanto outros 65 bispos, sacerdotes ou diáconos pertenceriam a elas.

Também há 10 pessoas laicas, que ocupavam cargos de pastorais paroquiais ou em colégios; e outras nove não tiveram suas funções especificadas.

Atualmente, existem 34 investigações em andamento com processos pendentes e 107 já foram concluídas. Em 23 dos casos houve condenações e um caso terminou em absolvição.

Os casos de abusos sexuais chocaram há anos à Igreja Católica chilena. Em junho, o papa Francisco aceitou a renúncia de cinco bispos chilenos, quatro deles acusados de encobrir os abusos sexuais cometidos por padres.

O pontífice criticou duramente a hierarquia da Igreja chilena pelo tratamento dado às denúncias das vítimas.


(Com EFE e AFP)

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